Divórcio: Como Criar um Acordo de Co-Gestão Para Proteger os Investimentos do Seu Filho e Manter a Paz
Divórcio? Saiba como criar um Acordo de Co-Gestão para proteger os investimentos do seu filho, dividir responsabilidades e manter a paz familiar.
9/25/20253 min read


O divórcio é um dos momentos mais difíceis na vida de uma família. Entre tantas decisões e emoções, surge uma dúvida importante:
👉 O que acontece com o plano de investimentos que construímos para o nosso filho?
A primeira boa notícia é simples: os investimentos que estão no CPF do seu filho pertencem somente a ele. Eles não entram na partilha de bens.
Mas existe outro ponto que muitas vezes é esquecido. A lei protege a propriedade, mas não garante a boa gestão. E quando a confiança entre os pais se quebra, o risco real é o plano financeiro da criança ser paralisado ou até destruído.
É por isso que hoje vou falar sobre uma ferramenta prática e poderosa: o Acordo de Co-Gestão. Um contrato que transforma incerteza em clareza, protege o futuro do seu filho e ajuda a manter a paz entre vocês.
A Primeira Certeza: A Lei Já Protege o Patrimônio do Seu Filho
Respire fundo. Legalmente, os investimentos feitos em nome do seu filho são doação e pertencem exclusivamente a ele.
Isso significa que:
Esse patrimônio não faz parte da divisão de bens no divórcio.
Já existe uma “blindagem automática” quanto à propriedade.
Ou seja: o dinheiro está seguro.
O Risco Real Não é a Partilha, é a Paralisia
Se o patrimônio já é protegido, qual é o problema? O risco está na gestão.
Sem regras claras, podem surgir três armadilhas perigosas:
Paralisia: o medo e a desconfiança fazem ambos os pais pararem os aportes.
Sabotagem: em meio a litígios, um dos pais pode dificultar a gestão da conta.
Gestão desalinhada: cada um segue uma estratégia diferente, sem diálogo, prejudicando os resultados.
O Acordo de Co-Gestão: Uma Nova Parceria Parental
A solução é simples: transformar a boa vontade em regras formais.
O Acordo de Co-Gestão é um documento que define como o plano de investimentos do seu filho será mantido e gerido. Quando ele é anexado ao processo de divórcio, passa a ter força de lei.
Os 3 Pilares de um Acordo à Prova de Conflitos
Um acordo sólido deve trazer clareza em três pontos:
Compromisso dos Aportes
Quem contribui? Quanto? Com que frequência?
É importante prever cenários como desemprego ou aumento de renda.
Estratégia de Investimentos
Qual será a alocação de ativos?
Um plano simples (ex: Tesouro Direto + ETFs) já evita divergências futuras.
Regras de Decisão
Alterações na estratégia só com consentimento mútuo e por escrito.
Ambos os pais com acesso de “visualização” à conta para garantir transparência.
As Cláusulas de Ouro: O Que Levar ao Advogado
Para transformar o combinado em obrigação legal, o acordo pode incluir cláusulas como:
Reconhecimento do Patrimônio do Menor
Continuidade do Plano de Investimentos
Responsabilidade pelos Aportes Futuros
Consentimento Obrigatório para Movimentações
Essas cláusulas funcionam como uma “tradução jurídica” daquilo que vocês já alinharam em termos práticos.
Conclusão: Transformar Crise em Compromisso
O divórcio pode parecer o fim de um projeto em comum. Mas, na verdade, pode ser a oportunidade de criar uma estrutura de governança mais forte e clara para o futuro do seu filho.
No fim das contas, o compromisso mais importante permanece: vocês serão, para sempre, pais do mesmo filho.
Próximo Passo
Se você está passando por esse processo, leve esta ideia para a sua próxima conversa com o advogado ou com o(a) ex-parceiro(a).
👉 Proponha a criação de um Acordo de Co-Gestão.
Não é um gesto de desconfiança, mas sim de responsabilidade. É uma forma prática de proteger o futuro do seu filho e de manter a paz no dia a dia.
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